VOLTAR PARA FAZENDO A DIFERENÇA- NARA SOUZA
ESTUDO DE CASO: MARLON
É necessário esclarecer que o aluno o qual será realizado o estudo é da escola da colega, que gentilmente me ajudou de todas as formas para realização desta tarefa. desde já agradeço a ela e a todos de sua Escola.
- DADOS DE IDENTIFICAÇÃO:
NOME:Marlon J. de A. O.
DATA DE NASCIMENTO:1992
ESCOLA MUNICIPAL DE GRAVATAÍ
ESCOLARIDADE: Pré (1999 e 2000)
1ª (2001 e 2002)
2ª (2003 e 2004)
3ª (2005 e 2006)
4ª ( 2007,2008 e 2009)
- MOTIVO DA AVALIAÇÃO
A escola encaminhou o aluno para avaliação e acompanhamento psicopedagógico em função de suas repetências e também devido a suas enumeras dificuldade de aprendizagem.
- QUEIXAS DA ESCOLA
O aluno freqüenta a escola desde a Educação Infantil, onde começou a apresentar dificuldades em acompanhar e compreender os conteúdos desenvolvidos.
Não demonstrava interesse em realizar as atividades realizadas em sala de aula, quando solicitado para realizar algum exercício escrito ou oral dizia não saber ou lembrar, negando-se sempre.
Não conseguia organizar o pensamento oral e escrito, falava com dificuldade, não compreendia as ordens da professora.
Apresentava problemas quanto ao relacionamento com os colegas devido as suas atitudes infantis, ou seja, enquanto todos realizam as tarefas, Marlon ficava brincando e perturbando os demais.O rendimento escolar muito baixo, demonstrando carência em diversas áreas.
A equipe pedagógica da escola solicitou as seguintes avaliações: fonoaudiológica, psicométrica, neurológica, oftalmológica e audiológica.
O aluno foi encaminhado ao GAPTE (Grupo de Acessória Preventivo Terapêutico Educação) do Município, já fez tratamento psicológico durante o ano de 1998.
4.HISTÓRIA VITAL
Na primeira gestação a mãe teve aborto espontâneo, sendo que na gestação de Marlon teve muito medo de perdê-lo, chorava muito e sentia muita insegurança. Foi uma gestação desejada e planejada, não teve nenhuma doença.
O parto demorou muito para acontecer, a bolsa rompeu mas o bebê demorou a nascer, teve que ser retirado com fórceps.
Marlon nasceu com 3 quilos e 600 gramas, o Teste Apgar apontou 9,5, ele estava um pouco roxo, chorou bastante durante os primeiros minutos.
A adaptação da família com o bebê foi tranquila, foi um momento muito positivo para o casal.Quando o bebê, por volta dos 5 meses, teve uma febre muito alta que provocou convulsão.
Marlon mamou até os 7 meses, usou chupeta até os 11 meses, tomou mamadeira até 1 ano, começou controlar a urina e as fezes por volta de 1 ano, sustou a cabeça com 7 meses, sentou aos 9 meses, engatinhou aos 11 meses e caminhou com 1 ano e meio.Falar de modo mais claro com 2 anos.
Em relatos da mãe a escola, observa que seu filho não é organizado e a compreensão não é satisfatória, desde pequeno teve dificuldades articulatórias na fala.
Fez cirurgia no ouvido, garganta e nos testículos, usava óculos e a um ano foi liberado.Neste mesmo relato a mãe conta que na primeira vez que Marlon cursou a pré escola, este chorava muito e demorou a adaptar-se, ressaltou que o menino sempre teve dificuldades em desenhar, pintar, recortar.
Esta criança teve grande dificuldade para alfabetizar-se, é muito desatenta, alegre e agressivo, totalmente dependente, retraído, muito afetivo com a mãe, com o pai não tem bom relacionamento, o enfrenta e o desobedece.
Com mãe há uma relação muito forte e dependente, é ela que quem escolhe sua roupa,que o manda tomar banho, determina a hora de alimenta-se e não vai a escola sozinho embora esta fique muito próximo. Quando não está na escola está em casa brinacdndo ou andando de bicicleta, não tem e não gosta de contato com outras crianças, só com a irmã. Gosta de brincar, dançar e cantar sozinho, sai somente com os pais. Como o pai trabalha à noite, seguidamente dorme com a mãe. Tem muito medo de crianças menores, relaciona-se bem com pessoas de idade.
Todos os anos a mãe procura fazer exames neurológicos, seguindo orientação do pediatra. Há dois anos que a mãe de Marlon está fazendo tratamento para depressão. Ela acredita que os problemas com o filho estão vinculados a sua excessiva insegurança e proteção. Confessou que é mais preocupada com Marlon do que com sua filha, pois esta sabe defender-se, diz ela.
Comportamentos observáveis na escola sobre:
* Relacionamentos: com professores/as, funcionários, colegas, outros;
Tem havido pequenas mudanças no comportamento de Marlon neste ano, pois tem se aproximado mais das pessoas, não os alunos como ele, mas as pessoas mais velhas da escola. A estes cumprimenta e até mesmo beija no rosto , com os demais continua a ficar receoso, não interage e permanece de braços cruzados, isolando-se. Dentro da sala os colegas tentam ajudá-lo, mas não há por parte dele interesse nesta ajuda.
* Questões de aprendizagem ;
Marlon apresenta grande dificuldade de entendimento da compreensão de textos, inclusive os pequenos, não guardando informações básicas do seu contéudo. Sua produção textual é pobre em termos de sequência lógica, apresenta frases desconexas. Consegue realizar com desenvoltura as operações de multiplicação em que apresenta fatores decorados po ele, mas no caso das divisões não apresenta compreensão e não consegue realizar nem as mais fáceis.
- Movimentos para a inclusão da escola (avaliação, acessibilidade, adaptações curriculares, serviços de apoio);
Não houve nenhum tipo de adequação por parte da escola, nem de seu currículo, nem da forma de avaliação, o único fator diferente ocorrido ESTE ANO é que a escola recebeu um monitor que é estudante da ULBRA que entra na sala em alguns dias na semana para fazer um reforço, não só com Marlon, mas com outros alunos. Cabe dizer que este monitor não fez o magistério e segundo palavras da professora: "Parece mais algo para inglês ver, porque resultado mesmo..." . Entendi que este monitor existe, mas não com a qualificação necessária para realizar exclusivamente com Marlon o que este necessitaria, seria só para dizer que tem.
- Movimentos para a inclusão do aluno;
Não há um trabalho específico para isto ocorra na escola, todos conhecem Marlon, não há deboches, mas não há uma atividade de envolvimento dele para com os outros e vice-versa.
-Envolvimento da família no processo de inclusão escolar.
A situação familiar sofreu alguns baques, principalmente com a separação dos pais e a depressão da mãe, Marlon conta mais com o apoio de sua irmã mais nova (13/14 anos) do que com os pais, na realidade rejeita firmemente o pai. Ele vive com a mãe e a irmã, esta tem feito o papel de mãe. Não há nenhum tipo de ação para inclusão escolar por parte da família.
Comments (3)
Daniela said
at 3:51 pm on May 7, 2009
Boa tarde Nara,
Estarei aguardando as informações referentes ao estudo de caso escolhido. Lembro apenas que não deverá ser o mesmo sujeito escolhido para o dossiê de Marinês.
Abçs,
Daniela
nara.souza.oliveira@... said
at 11:47 pm on May 12, 2009
Proessora:
Informo que tomamos este cuidado, obrigado.
Daniela said
at 11:39 am on Jun 20, 2009
Bom dia Nara,
Parabéns pelo ótimo trabalho. Seu dossiê esta muito bem organizado, as informações estão claras e seu leitor é convidado a viajar com você e com Marlon. Minha sugestão é apenas estética: você pode utilizar o mesmo tipo de letra e espaçamento entre os parágrafos para dar maior harmonia ao texto. Você já pode ir encaminhando seu dossiê para as conclusões.
Vou sugerir a seus colegas que visitem seu dossiê.
Um ótimo final de semana.
Abçs,
Daniela
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