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Dossiê da Andréia
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by Andréa Kerschner Barcellos 15 years, 5 months ago
BEM-VINDOS!!!
"Relato de Experiência com inclusão"
Sou professora de educação infantil e este é o primeiro ano que trabalho com uma turma que possua casos de inclusão. Tenha duas meninas na sala com síndromes diferentes, uma altista e outra down. Confesso que fiquei um pouco temerosa, recebi da escola apenas textos e mais textos para ler sobre o assunto e mais nada. Digo mais nada pois esperava um acompanhamento no andamento das aulas e no desenvolvimento das meninas. No munícipio onde trabalho existe o Centro de Educação Inclusiva, onde atuam profissionais especializados que oferecem apoio as escolas e em casos especiais fazem atendimento semanal com as crianças, mas desde o início do ano solicitei ajuda e até agora nada, resolvi então "arregassar as mangas" e ir a luta sozinha e confesso, os resultados tem sido surpreendentes.
Como ainda estão na educação infantil procura trabalhar com atividades, jogos brincadeiras que estimulem o desenvolvimento motor, cognitivo e social. Minhas aulas são mais dinâmicas e exploramos o pátio e outras dependências da escola. Ao invés de me prender em trabalhos com folhas, atividades de mesa, procuro diversificar. As vezes penso que adaptei a turma com as meninas e não elas com o restante, pois as atividades que seriam realizadas para um maior desenvolvimento das duas são realizadas de forma prazeirosa por todos e parece que muitos já adquiriram mais autonomia nas tarefas e decisões.
Sei que preciso me aperfeiçoar muito ainda, mas estou feliz, pois os resultados são positivos e satisfatórios. Conversava com a mãe de uma das meninas e ela me colocou da seguinte forma:" Antes de ingressar na escola a ... era um verdadeiro bichinho, hoje ela já consegue falar algumas palavras, brincar, se solta!" Acredito que estou conseguindo!!!
UNIDADE 2:
Como já mencionei trabalho em uma escola de Educação Infantil com uma turma de pré escola, no município de Esteio, a escola chama- se E.M.E.I. Colorindo o Aprender.
A escola possui neste ano dois casos de inclusão, inclusive estão na minha turma é a única turma com crianças que possuem necessidades especiais.
A escola possui um total de 194 alunos, destes 151 frequentam a escola em turno inte sendo que a grande maioria fica na escola em turno integral, das 7 às 19 horas. A escola atende crianças de 0 a 6 anos, dividas em turmas de berçário I e II, maternais I e II e jardim I e II.
A escola possui 31 professores, a maioria graduados e 10 estagiárias, além da equipe diretiva, secretária e funcionários.
A minha turma possui 20 alunos, com isto tenho o auxílio de uma estagiária, pois uma das crianças que possui Síndrome de Down ainda utiliza fraldas, necessitando de trocas frequentes e a outra possui Autismo, apresentando dificuldade de concentração e muitas vezes nega-se a participar das atividades, grita, necessitando de uma atenção especial. Uma delas frequenta a escola em turno integral e outra somente a tarde, das 13 ás 19 horas. No início do ano, em uma reunião com os pais destas crianças solicitamos que tivessem o período de escola reduzido, mas não aceitaram questionando e acreditando que a escola não estava pensando no bem estar das crianças e sim em se livrar delas. Desde de então tenho buscado apoio na lei para desenvolver meu trabalho. Confesso que não possuo formação específica na aréa e nem apoio da escola e orgãos competentes do munícipio para auxiliar meu trabalho, busco materias na internet, em revistas e assim vou tentando desenvolver um bom trabalho. Por várias vezes já solicitei ajuda e sempre recebo a informação que uma visita dos profissionais do CEMEI (Centro municipal de educação inclusiva) está agendada, mas estamos quase no meio do ano e ainda isto não aconteceu.
A minha realidade e acredito que de outros profissionais está distante do que nos diz a Lei N° 9394/96-Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional-1996, no artigo 58, § 1° onde fala que " Haverá, quando necessário, serviços especializados, na escola regular, para atender as peculiaridades da clientela de educação especial. Na resolução CNE/CEB N° 2/01- Diretrizes Nacionais para Educação Especial na Educação Básica fala no artigo 8° I- As escolas devem prever e prover professores das classes comuns e da educação especial capacitados e especializados , respectivamente, para o atendimento às necessidades educacionais dos alunos. Mais uma vez a realidade está distante da lei.
Vejo que se as leis em relação ao atendimento as crianças portadoras de necessidades especiais fossem cumpridas integralmente a inclusão seria um sucesso e as crianças realmente se beneficiariam e isto não causaria tanto espanto e questionamento entre os professores e demais profissionais. Espero que tudo se encaminhe e em breve o atendimento a estas crianças ocorra conforme as belas teorias.
UNIDADE 3:
Parte A:
No município onde trabalho, Esteio, possui o CEMEI, Centro Municipal de Educação Inclusiva, funciona em uma sala dentro da Secretaria Municipal de Educação, no CEMEI trabalham em torno de dez profissionais com formação especializada que atendem cerca de 80 crianças e famílias da rede municipal de ensino. Na unidade 2 mencionei que por diversas vezes solicitei a ajuda do CEMEI para realizar meu trabalho com as crianças portadoras de necessidades especiais que possuo em minha turma e não obtive sucesso, para realizar esta atividade conversei com uma das profissionais que esta diariamente atendendo as crianças e pude perceber que este apoio é questionado nas crianças da educação infantil e prioriza-se outros niveis de ensino, pois como mencionou esta pessoa: " Se este ano não pudermos atender as crianças da tua turma, com certeza nos próximos anos elas serão acompanhadas com empenho e por um longo período". Vejo que a educação infantil é um nível ainda não valorizado, infelizmente profissionais não se dão conta que esta é uma das principais fases do desenvolvimento da criança e que se o trabalho iniciasse desde os primeiros anos de vida os resultados seriam muito melhores e surpreendentes.
Parte B: ESTUDO DO CASO:
Esta atividade consiste em realizar uma pesquisa com uma pessoa que possua algum tipo de necessidade especial.
Para realização desta atividade escolhi um aluno, com dignóstico de hiperatividade e psicose.
Este menino desde o início do ano apresentou dificuldade de relacionamento com os colegas, muito agressivo sempre criava problemas nas brincadeiras e atividades em grupo, preferia brincar sozinho e em determinados momentos chorava e dizia querer morrer, batia com a cabeça na parede e se machucava de propósito.
UNIDADE 4:
*Deficiência Física:
Estudo de Caso
Sua tarefa nesta unidade será iniciar o registro escrito de seu "Estudo de Caso", você deve definir quem será o sujeito de sua pesquisa e registrar as informações.
Note que o sujeito por você escolhido não precisa estar relacionado com a temática desta unidade ou com as próximas. Procure algum caso na sua instituição, ou numa instituiçaõ vizinha ou ainda um aluno multirepetente ou com dificuldades de aprendizagem. Lembre-se: escolha para seu estudo de um determinado sujeito do cotidiano de sua prática pedagógica (como informado na Unidade 3).
Você pode começar contemplando os seguintes pontos:
1) Dados de identificação do sujeito
- nome (fictício), idade, situação familiar, profissão dos pais e condições socioeconomicas da família.
A criança na qual estou realizando é um menino de 6 anos, chamado "Lucas", sua situação familiar é um pouco conturbada, mas comum nos dias de hoje, Lucas mora somente com a mãe e os avós, seus pais são separados e remotamente o pai o visita. Sua mãe é auxiliar de serviços gerais de uma empresa e seu pai é vendedor. É de uma família pobre, mas nota-se que a mãe se esforça para dar boas condições de vida para seu filho.
Autismo - Unidade 5
Estudo de Caso
Sua tarefa nesta unidade será continuar o registro escrito de seu Estudo de Caso abordando o seguinte item:
- História de vida do aluno
- avaliação inicial, diagnósticos (médicos, outros), encaminhamentos, atendimentos complementares especializados, processos investigativos.
* Você pode acrescentar outras informações que achar relevantes e/ou necessárias em cada uma das partes desta atividade.
"Por diversas vezes conversei com a mãe de "Lucas" e pude ter acesso a um pouco da história de vida desta criança. Pude perceber que a mãe é bem simples e possui um conhecimento limitado, por diversas vezes comunicamos a situação e ela nada fez, mas certa vez em uma reunião pedimos a ajuda da assistente social do munícipio e explicando a situação, visitou a casa desta família e consegui marcar uma consulta para o menino, a partir daí as coisas começaram a se encaminhar e a mãe procurou ajuda do pai que utilizou seu convênio para marcar os exames do menino.
Num primeiro momento diagnosticou-se hiperatividade, mas o menino consultou com pediatra que encaminhou a uma neuro, esta solicitou exames de eletro e tomografia, após diagnosticou-se hiperatividade e psicose apartir daí iniciou-se um tratamento com medicamentos e acompanhamento médico e psicológico. Passamos a ter outros olhos para este aluno e começamos a observar suas falas, diariamente ele chorava e relata querer morrer, agressivo batia nos colegas e agradia os professores, continuamos a observar e o medicamento foi trocado, aumentando também a dose, tivemos certa dificuldade, pois em casa a mãe não ministrava o remédio, tivemos que conversar com a médica e os horários foram alterados e o remédio passou a ser dado na escola."
Unidade 6
Comportamentos observáveis na escola sobre:
_relacionamentos: com professores/as, funcionários, colegas, outros;
_questões de aprendizagem;
_avaliação, acessibilidade, adaptações curriculares,
_movimentos para a inclusão do aluno;
_envolvimento da família;
"Como mencionei em outros relatos o "Lucas" sempre demonstrou-se muito arredio e agressivo com colegas e professores, em certos momentos demonstrava-se também carente chegando a querer estar sempre abraçado aos professores, com os funcionários e demais adultos da escola mantinha um bom relacionamento. Com a orientadora, acredito por ela acompanhar de perto o caso e fazer visitas frequentes a sua casa, ministrar o medicamento possuía um ótimo relacionamento, sempre que acontecia qualquer situação de conflito com ele e outros colegas, gritava e solicitava a presença dela.
Quanto ao processo de aprendizagem , foi bastante complicado, o "Lucas" não possuía concentração, estava sempre disperso e negava-se a realizar as atividades propostas. Por diversas vezes rasgava folhas e atirava seu material no chão. Com o passar do tempo, seus colegas começaram a reprovar seu comportamento e então comentavam sobre seus trabalhos e isto o deixava bravo, piorando a situação dentro de sala de aula. Após perceber estas dificuldades e tendo consciência que não havia apenas o "Lucas" com problemas na sala e sim muitas crianças, pois muitos fatos tristes ocorreram ao longo do ano, crianças na qual o pai foi assassinado, crianças que moravam com a vó e esta foi atropelada perdendo movimento das pernas, crianças com pais aidéticos em fase terminal e muitas outras desgraças. Com tudo isto passei a ter olhos diferentes quanto ao que aplicar e comecei a trabalhar com jogos e atividades lúdicas, que viessem trazer prazer, descontração e ao mesmo conhecimento as crianças, deu certo através de jogos educativos, exploração do laboratório de informática e atividades recriativas a turma demonstrou crescimento e conseguimos superar muitos problemas de relacionamento e convivência.
Quanto ao movimento para inclusão do aluno, acredito que todo trabalho realizado, as mudanças contribuiram para isto, o menino e os demais demontraram prazer e interesse em estar na escola. Os acompanhamentos médicos continuaram e a família demonstrou maior empenho na situação da criança, tendo ciente que este seria um tratamento longo.
Avaliação- Unidade 7
Sua tarefa nesta unidade será finalizar o registro escrito de seu estudo de caso (seu dossiê), elaborando um texto com suas conclusões. Este texto será o fechamento do estudo de caso, com uma reflexão sua sobre o mesmo.
O estudo do caso me fez relembrar e analisar toda situação que vivenciei e superei com a turma de pré no ano de 2008. Foram momentos bastante aflitivos, pois a situação da criança me preocupava e de certa forma a turma sofria fortes consequências, lembro que eram crianças de um enorme potencial, apesar das dificuldades que passavam demonstravam grande inteligência, desenhavam verdadeiras obras de arte. Como este ano em 2008 tinhamos horas de planejamento e nestes momentos outras professoras entravam em sala, no início as reclamações eram muitas, no meio do ano elas faltavam ou marcavam exames e consultas no dia do meu planejamento, desta forma não havia e isto dificultava ainda mais o dia-a-dia, pois precisava planejar e ter momentos de reflexão. Ao longo do tempo, com o trabalho realizado, pude colher frutos e os elogios começaram a surgir, me alegrei, mas o que me deixou feliz, foi conseguir ajudar o aluno no momento tendo consciência que se não tivesse me empenhado e segurado firme, esta criança no futuro poderia vir a cometer atos terríveis contra si e contra a sociedade.
Relembrar tudo isto, ler novamente os papéis me fez ver que além de sermos professores podemos auxiliar nossas crianças a ter uma vida melhor e no futuro alcançarem sonhos tendo a certeza que são muito importantes e não excluídos por "encomodarem, ou fazerem parte da pior turma da escola, daquela sala que não tem jeito". Todos somos seres humanos capazes!
Dossiê da Andréia
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Comments (6)
Janaína Siviero Ribeiro said
at 11:38 pm on Jun 3, 2009
Olá, Andréia!
Fico bem feliz que tenhas inciado teu dossiê!
Tua Unidade 1 e 2 contemplam as informações necessárias. Tu poderias detalhar mais os serviços oferecidos pelo município de Esteio (Unidade 3 -A) . O que é oferecido nesse centro? Quais são as especialidades?
Agora, que conseguiste colocar em dia as unidades 1, 2 e 3, começa a investir tempo no detalhamento do teu estudo de caso.
Um abraço!
Janaína
Daniela said
at 4:54 pm on Jun 13, 2009
Boa tarde Andreia, (vou comentar por partes)
Sobre sua experiência com alunos com necessidades educacionais especiais gostaria de fizer que fiquei feliz com sue otimismo ao relatar a inclusão das duas alunas, uma com Síndrome de Down e outra com autismo, sei que não deve estar sendo fácil para você, e o que me chamou mais a minha atenção em seu relato foi justamente a disponibilidade de fazer a diferença e tentar trabalhar com a turma de forma que essas alunas se sentissem acolhidas. Você não fica se queixando da falta de formação ou apoio, nem delega para outros a responsabilidade para com essas alunas, você trabalha com elas e isso é louvável. Parabéns pela postura inclusiva de fato, de direito e de ação. Na verdade vocês se adaptaram (as alunas com necessidades educacionais especiais, os alunos sem deficiências e você) uns aos outros e estão conseguindo realizar um bom trabalho. Continue o bom trabalho!
Abçs,
Daniela
* Sugiro que você observe algumas questões de escrita, concordância verbal e nominal como: ao invés de procura escreva: procuro; altista = autista; de tenha para tenho.
Daniela said
at 5:22 pm on Jun 13, 2009
Cara Andreia,
Em relação a unidade 2: você destaca duas leis que definem importantes questões em relação ao processo inclusivo e reflete sobre a necessidade de algo que faça com que estas leis sejam cumpridas, o que, em sua opinião não tem ocorrido. Também questiona sobre a formação e cpacitação de profissionais para trabalhar com alunos com necessidades educacionais, lembro que há diferenças entre o professor capacitado (cursos de mais de 40 horas já capacitam para o trabalho com esses alunos) e o professor especialista (este tem formação específica em Pedagogia Educação Especial ou Pós-Graduação Lacto Senso nas áreas de: educação especial ou áreas afins). O professor capacitado trabalha na escola comum com alunos com e sem necessidades educacionais especiais. O professor especializado trabalha nas SIRS (Salas de integração e recursos), LA (Laboratório de aprendizagem) ou classes especiais. Em relação a sua aluna com autismo sugiro a re-leitura dos textos da unidade 4 que podem ser bem interessantes para pensar possibilidades de intervenção pedagógica. Também o documentário indicado por Paulo, chamado "Autismo, o musical" pode ser interessante nesta perspectiva. Você continua escrevendo de forma otimista sobre o processo inclusivo embora reconheça que é um processo difícil e complicado. Sua reflexão sobre a falta de apoio de alguns órgãos é procedente e reflete uma situação que tem, além dos entraves políticos uma morosidade burocrática que exige paciência dos alunos, pais e professores. Lembro que as crianças não são portadoras segundo a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva Inclusiva.
Continue com o bom trabalho.
Abçs,
Daniela
* Observe as questões de escrita em: inte = integral; às = as; aréa = área.
Daniela said
at 5:33 pm on Jun 13, 2009
Boa tarde Andréia,
Em relação a unidade 3: voce identifica um servilo oferecido pela sua rede de ensino. É só este? Você pode procurar no site da Secretaria de Educação de Esteio e ver se existem outros serviços especializados além do identificado por você. Para enriquecer ainda mais seu dossiê. Lembre-se de utilizar as referências completas sobre a origem das informações disponibilizadas. Se a origem for um site identifique também a data do acesso. Quanto ao seu estudo de caso é preciso aprofundar as informações de acordo com o solicitados nas próximas unidades, quanto maior o número de informações disponibilizadas por você maior será o entendimento do leitor de seu dossiê. Você tem razão em afirmar que a Educação Infantil não tem a devida valorização uma vez que o atendimento educacional especializado parece ser trasnferido para o ensino básico. No entanto, em algumas outras redes, como Porto Alegre, por exemplo temos psicopedagogas atuando especificamente na estimulação precoce de alunos com necessidades educacionais especiais. Sugiro que você aprofunde as questões que envolve o sujeito de seu estudo de caso e, se possível, evidencie em seu texto a apropriação das leituras feitas na interdisciplina. Você tem potencial para realizar um ótimo trabalho em seu dossiê.
Abçs,
Daniela
Janaína Siviero Ribeiro said
at 12:51 pm on Jun 21, 2009
OLá, Andréia!
Estou aguardando a continução do teu estudo de caso. POr varo, entra em contato comigo urgentemente.
Um abraço,
Janaína
Janaína Siviero Ribeiro said
at 2:27 pm on Aug 11, 2009
Oi, Andréia!
Fiz a leitura do teu trabalho. Iremos contatar a professora para fazer os fechamentos dos conceitos. O teu trabalho está finalizado!
Um abraço!
Janaína
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