VOLTAR PARA FAZENDO A DIFERENÇA- NARA SOUZA
Iniciado semestre na Interdisciplina EDUCAÇÃO DE PESSOAS COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS, não imaginava o que estaria por vir. Meu medo inicial com este desconhecido e intimidador mundo o qual não fui preparada para intervir deu lugar a várias reflexões e certezas: não estou só com meus receios; é possível incluir e o mais importante: é necessário procurar suporte e fazer a diferença.
Observo o Estudo de Caso Marlon, e comparo com a vídeo visto na aula presencial sobre o aluno americano Peter, fico pensando por que um é merecedor de um acompanhamento eficiente, será que em nosso país haverá escolas públicas com qualidade para atender todos os Peter's e Marlon's existentes no mundo?
E a família de Marlon? Tão omissa, tão despreocupada, tão apática. O que será de Marlon? Pelo estudo, ficamos sabendo que ele não interage com os demais,então, como será sua vida adulta, quando e se sua mãe e irmã não estiverem presentes.
Fico pensando na quantidade de pessoas que estão por aí, vagando ou que ficam eternamente dependendo dos outros enquanto que seria possível, através da educação ajudar a formar pessoas com necessidades serem mais autonômas e por consequência, mais felizes.
Talvez no dia em que as leis venham a sair do papel e forem seguidas, no momento que educação for vista como a solução e não como propaganda política em época de eleição ou então, no dia em que as escolas conseguirem assumir o papel de favorecer a inclusão através do desenvolvimento de projetos sérios e eficientes, possamos viver em uma sociedade mais justa e acolhedora, percebendo em cada pessoa um cidadão.Percebendo que a diversidade favorece o crescimento e ajuda a vencer as adversidades.
Me emocionei com a história de Marlon, e tive vários sentimentos, um deles pavoroso, que é a piedade, por imaginá-lo tão só e perdido. Senti raiva destes pais serem tão passivos e não procurarem novos meios de incentivo e ajudá-lo a se desenvolver mais. Senti-me indignada por fazer parte de um sistema educacional que vê no diferente, uma situação de mais trabalho e preocupação e assim sendo, melhor deixar para lá...
Termino este semestre mexida, inquieta, preocupada e ciente da minha necessidade em preparar-me mais, lendo mais, pesquisando mais, investigando mais, ouvindo...mas bem menos temerosa.
Comments (1)
Daniela said
at 6:47 pm on Jul 12, 2009
Boa noite Nara Souza,
Parabéns pelo excelente trabalho de construção do dossiê. Você evidenciou apropriação das leituras do semestre e conseguiu refletir sobre sua própria prática. Também deixa evidente que há muito ainda para ser feito e que estamos ainda no inicio. Foi um prazer trabalhar com você.
Abçs,
Daniela
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